sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Pouco Mais de 500 Caracteres Sobre Um Filme
















O autor adverte: é bom você ter visto o filme antes. ; )


Quando mais de 3 pessoas te sugerem ver um filme “por que ele é a sua cara” ou “certeza que você vai curtir, cara” é por que tem coisa. E o 500 Dias Com Ela tem. Foi 1 uma hora e meia com Fábio Lattes que me valeram sentar para escrever estas singelas palavras de semelhança. Isso mesmo, semelhança. Isto não é uma resenha, uma crítica de cinema. Me falta muito feijão e Fellini para ser uma Renatinha ou um Chammezito para analisar um filme com catiguria. São simples paralelos que notei e tracei em verdana 11.

Começando pelo óbvio: o personagem principal é um redator. Ok, redator de cartões de presente, desses que por aqui os do Garfield imperam. Mas redator. E segundo, a mais óbvia semelhança: o filme fala de relacionamentos. Tema que quase não gosto e que quase que esta tonta ironia correu o risco de ser apagada.

A primeira coisa que me faz pensar é o quanto os problemas dos jovens de seus 20 em diante são comuns, seja lá onde do mundo ele mora. Da rotina do trabalho, o conclave conselheiro dos amigos, aos dias azuis e cinzas de um relacionamento, é tudo muito parecido. A facilidade que nos identificamos com o desenrolar do romance entre os dois é o ponto chave do quanto ele nos envolve.

O fato é que se sentir como o personagem é a premissa de toda boa história. Mas quando ele tira os empoeirados rolos de filmes dos seus términos e começos e projeta filmes no cine-nostalgia do seu cérebro, o poder de identificação triplica.

E é assim com esse filme. Você se vê nele, e não precisa ser um redator com experiências passadas nas costas. Principalmente na vulnerabilidade do personagem principal, tão entregue aos caprichos de uma pequena com vestidinhos meigos. Naquela tonta vulnerabilidade que o amor provoca. Você se vê como aquele mané, capacho, bobo e com o seu sobrenome em julho de 2007.

O filme trabalha com sensações que todos nos passamos e degustamos, sejam doces ou amargas.

Quando você vê que o relacionamento está indo para o saco e não há nada o que fazer, há não ser pedir panquecas e esperar pela cobertura de lágrimas.

Quando você substitui o som pelo tato que também saem dos lábios, beijando cada centímetro de um corpo que você deseja por dentro e por fora. Nos seus 500 dias, depois dessa noite nosso herói dança pelas ruas num musical. Se rodado no Brasil, ele faria um gol aos 45, no estádio lotado, explodindo rojões e disparando pontilhados de flashes para uma torcida ensandecida.

O sentimento é o mesmo, só muda o cenário.

Os 500 dias encerram com a mensagem certa, longe do final que encaminha o casal para um anúncio de margarina. Uma esperança pé no chão, que mostra que o amor verdadeiro é tudo nessa vida, menos simples.

Estamos longe de um final feliz, mas sempre perto de ótimos começos.

2 comentários:

Unknown disse...

se sentiu na pele do carinha entao né hahah
num vi o filme ainda mas tive que ler o post
abraço !

Diego Moraes disse...

Adorei "Estamos longe de um final feliz, mas sempre perto de ótimos começos."

to usando até no msn! parabéns!