segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Primeiro Encontro




















Ser ou não ser, eis a questão. Transar no 1o encontro ou não - vou no tesão ou sigo o “padrão”?

Ó dúvida cruel que assola as mulheres. Ainda mais quando quem está do outro lado da mesa à meia luz vale o lábio mordido após o gole de vinho e a ofegante ideia de usar os pratos como travesseiros e a toalha como lençol.

“O que ele vai achar de mim? Vai me achar fácil? Vai me achar quente? E o mais importante: ainda serei atraente para ele me ligar assim, de repente?”

Uma coisa é verdade: se oferecido, ele será prontamente aceito com o eterno sorriso juvenil que acompanha a abertura de um sutiã. Não existe homem no mundo que recuse sexo, ainda de uma mulher que ele também pensa em jogar na mesa desde o momento que ela entrou no carro e ele elogiou o seu perfume.

Contudo, o dilema a ser respondido é se isto faz com que essa suspirante noite de beijos no pescoço fique somente nela, terminando apagada como a luz que foi acionada para favorecer silhuetas.

Quando a intenção é uma noite, uma cama e só, tal leve preocupação não chega a virar um problema. O mundo dos relacionamentos evoluiu para separar o joio de uma one night stand do trigo de uma noite que a lua parece brilhar sob o olhar besta dos apaixonados.

E é exatamente aí que começa o problema: quando existe um interesse verdadeiro que o primeiro encontro vire o segundo e um buquê de flores depois de uma terça-feira cansativa.

Para um homem, quando seu interesse é genuíno (nesse caso, segue o critério “apresentável para mamãe”) o sexo torna-se a cereja de um bolo feito com nada de marzipã e muito sushi, bares e baladas, com creme de cartão de crédito e mensagens de texto. Um investimento que leva algum tempo e assuntos em comum.

Mesmo hoje, num mundo onde o sexo alcançou seu merecido status de prazer ainda possivelmente separado de afeto, ainda existe espaço para o romantismo.

Pode parecer que não, mas quando afim um homem valoriza sim a evolução natural de um relacionamento. Do primeiro beijo ao primeiro malho que abre botões - nem que tenham acontecido na mesma noite.

É completamente atemporal. Por ser tão bom, tão íntimo e tão desejado, para o homem o importante é que o sexo tenha a sensação de merecido, de conquistado, de que ele não foi mais um. Sejam em horas, semanas ou 500 dias com ela (mentira: 500 dias além de um filme, é muito. Mesmo.)

Mais que ser “rápido”, o sexo não pode ser “fácil”. Um sexo fácil demais pode fazer esse bolo não ter o mesmo sabor. Ou se for pra ter um sabor, somente o gosto daquela cereja que vai no topo. Gostoso, mas enjoativo e facilmente substituível por outra mais tenra e vermelha.

O fato é que não existe regra ou cartilha a ser seguida para acertar a hora de esticar os braços e apertar o interruptor enquanto beija. Seguir algum padrão para o amor – ou o princípio dele - só leva a outro: o fracasso.

Por isso, se a vibe, o clima, o momento, ou tudo mais que confluir para dar a certeza que o melhor a fazer é fechar a conta e subir do elevador às nuvens, que aconteça. Sem dúvida é o melhor a ser feito.

No final, o importante é fazer o tal bolo chegar à mesa e ser sempre, a melhor das sobremesas.

Um comentário:

Birda! disse...
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