quarta-feira, 29 de abril de 2015

Ciao!

Nunca esqueci o dia que percebi que o nosso “tchau” era nada mais que um “ciao” abrasileirado. E pior: era uma versão reduzida do original. Que só significava “até logo”, “adeus”, “até mais”. Justo nós, brasileiros, que abrasileiramos um cozido francês e criamos a feijoada? Justo nós, que abrasileiramos um esporte inglês e criamos a bicicleta, a pedalada, a comemoração de gol tirando uma máscaras e adornos de dentro do shorts?
Mas tudo bem. Apesar de ter ficado só com a parte do “até logo”, temos a a nossa querida “saudade” para compensar toda despedida que um “tchau” implica.
“Olá” e “Tchau”, em uma única palavra. Ciao. Essa palavra nunca me fez tanto sentido. Há 6 meses eu e minha namorada (agora noiva!) embarcamos para a Austrália. Meu plano? Viver uma experiência profissional e pessoal, viajando pelo país e pela Ásia. Um ano, talvez dois. O suficiente para voltar com a bagagem cheia de tudo que não vai em uma mala e não é taxável pela Receita. Era o primeiro Ciao, me ajudando a se apresentar a essa nova aventura.
Seis meses depois, o segundo ciao. Aquele, do “até logo”.
ciao
A experiência profissional que tanto procurei por aqui, entre turnos como barman e garçom, inesperadamente veio de outro país – a Itália. Justamente a inventora e proprietária do duplo “oi” e “fui!”.
E é sobre lá que vou ter o prazer de escrever por aqui. Com o mesmo plano. Com o mesmo peito aberto para se arriscar e viver uma incrível experiência de vida. E no futuro, dizer outro Ciao contente e agradecido. E pronto para o próximo.
Até!


Texto originalmente postado no: http://mundoplot.com.br/category/colunas/ciao/

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